6 Coisas que você deveria saber sobre a Igreja Greco-Melquita
Papa Pio XII, Bispo de Roma com o Patriarca Melquita Máximo IV
Como todos sabem, a Igreja Católica é composta por 24
Igrejas Sui Iuris(governo-próprio) unidas entre sí e em comunhão com a Santa Sé
de Roma. Embora a Igreja Romana seja a maior, as 23 Igrejas Orientais tem papel
importante e necessário na universalidade do Catolicismo. Uma dessas Igrejas, é
a Igreja Greco-Católica Melquita, é uma Igreja Ritual que o autor deste post
pertence. Hoje, nós iremos examinar seis
pontos históricos e teológicos distintivos da Igreja Melquita.
1.Petrina e Patriarcal
A Igreja Melquita é historicamente associada
a Sé de Antioquia. Esta Sé, estabilizou-se pelo Concílio de Nicéia em 325 A. C,
junto com a Sé de Roma e Alexandria, traça a sua história e sucessão episcopal
de São Pedro. Antes de viajar para Roma e estituir o Episcopado lá, nós sabemos
que São Pedro viajou para Antioquia e ordenou um Bispo para aquela cidade. São
Paulo nos fala dessa viagem em sua Epístola aos Gálatas, e a medieval Liber
Pontificalis afirma que São Pedro serviu sete anos como Primaz de Antioquia.
Antioquia foi assim a Primeira Sé Petrina, e até hoje os Patriarcas de
Antioquia traçam sua apostolicidade ao Príncipe dos Apóstolos. Antioquia também
foi parte da Pentarquia Patriarcal (junto com Roma, Constantinopla, Jerusalém e
Alexandria). Hoje, o Patriarca Melquita de Antioquia é também o Patriarca
Titutar de Alexandria e Jerusalém.
2..Primeiros a serem chamados cristãos
“De modo que em Antioquia, os discípulos
foram chamados de Cristãos pela primeira vez”. Assim escreve o autor de Atos
dos Apóstolos, 11:26. A Igreja Antioquina, já tendo sido estabelecida por São
Pedro, viu a origem do termo Cristão applicado aos seguidores de Cristo. E era também aqui que o terceiro Bispo de
Antioquia, São Inácio, da-nos com o primeiro registro escrito do termo
“Católico” usado para descrever a Igreja: “A comunidade se reúne onde estiver o
Bispo e onde está Jesus Cristo está a Igreja Católica” (Carta aos Esmirniotas).
3.Homens do Rei
A origem da palavra “Melquita” fala com a
constância desta Antiga Sé em manter a Fé Ortodoxa. Em consequência do Concílio
de Calcedônia, o Imperador Bizantino e muitos dos seus assuntos prontamente
aceitos do Concílio a respeito da natureza de Cristo. As províncias dos
Cristãos Orientais que, geralmente, se oposeram a esses decretos
pejorativamente referido aos cristãos que vivem na cidade leais ao Imperador
como “Homens do Rei,” Malko em siríaco. Foi a partir deste termo que os
cristãos calcedonianos de Antioquia, Alexandria e Jerusalém tornaram-se
conhecido como "Melquitas". Quando a Igreja de Antioquia restaurou a
plena comunhão com Roma em 1729, reteve o nome “Melquita”, considerando que os
Cristãos Ortodoxos Antioquinos que não abraçaram a comunhão perderam estes
termo.
4.Quddûsun Allâh!
A Igreja Melquita é derivada a partir dos
habitantes de língua grega em Antíoquia, que passaram centenas de anos sob o
jugo do Islã. Ao contrário da Igreja Constaninopolitana, a Igreja de Antioquia
nunca adotou realmente um Ritual Imperial em sua liturgia – preferindo manter
suas tradições rabínicas e sírias. Como o islã começou a subjugar a região,
Mohammad e seus seguidores adotaram muitas tradições litúrgicas dos Melkitas,
como é mais notável de se ver nas prostações islâmicas, que são idênticas
aquelas dos Cristãos Bizantinos praticam.
De modo semelhante, vários costumes islâmicos influenciaram o
desenvolvimento da Igreja Antioquina. Entre elas está a adoção do uso ritual da
língua árabe na Divina Liturgia. A partir dos meados do século VII, a língua
árabe e a cultura fundida com a dos Greco-Melkitas, estabelecendo ainda mais a
singularidade desta Igreja dentro do Cristianismo Bizantino. Atualmente, as
línguas oficiais rituais da Igreja são o grego e o árabe, por isso não é raro
ouvir o uso litúrgico da palavra Allah na Divina Liturgia dos Melquitas.
5. Irmãos na fé
A Igreja Melquita, é uma Igreja Patriarcal
Sui Iuris, não é meramente um subconjunto da Igreja Romana. De fato, a Igreja
com sua própria história, teologia, espiritualidade, e liturgia. A Igreja
Melquita, sendo de origem Oriental, assim guarda zelosamente sua abordagem
Bizantina para a Fé, vendo a si mesma como uma irmã da Igreja de Roma. Em
tempos passados, está defesa de sua herança colocou algumas pressões sobre a
relação a Igreja de Roma. Por exemplo, o
Concílio Vaticano I, o Patriarca Melquita Gregório II Youssef recusou a assinar
o decreto Pastor Aeternus a respeito da Infalibilidade do Pontífice. Quando
questionado por Roma sobre o assunto, o Patriarca determinou que ele só iria
assinar o decreto com essa ressalva, acrescentou: “excepto os direitos e
privilégios dos Patriarcas Orientais,” como ele sabia que ele deveria proteger
as prerrogativas da Hierarquia Oriental. Através desse ato ele ganhou a
inimizade do Papa Pio IX, o Patriarca foi justificado pelo Papa Leão XIII em
sua encíclica Orientalium Dignitas, bem como sua expansão da jurisdição do
Patriarcado Melquita no Oriente Médio. No século que se seguiu, a relação com
Roma, melhorou consideravelmente. Aquelas paróquias Melquitas que anteriormente
tinham sido energicamente latinizadas viu o começo do retorno de suas
autênticas tradições, e a expansão da Igreja no Norte e Sul da América. Durante
o Concílio Vaticano II, o Patriarca Melquita Máximos IV falou em nome dos
“membros ausentes” no Concílio: as Igrejas Ortodoxas. Ele fez isso com a
aprovação completa do Patriarca Atenágoras de Constantinopla. Máximos
argumentou contra a latinização das Igrejas Orientais, e em seu favor o uso da
língua vernácula em todos as liturgias da Igreja Católica. Pelo seu relevante
trabalho no Concílio, ele foi abjudicado com o título de Cardeal. Seguindo o
Concílio, a Igreja Romana retornou a mais antiga perspectiva eclesiológica de
ver sua relação com as Igrejas Orientias como uma de suas irmãs, ao invés de
Mãe e filha.
6. Voz da Ortodoxia
Como uma das mais antigas Sés da
Cristandade, a Igreja Antioquiana tem herdado uma longa e rica tradição
teológica distinta (embora complementar a) das Igrejas Latinas. Por causa de
infelizes eventos de onze séculos, os Melquitas estiveram um tempo longe da
comunhão com Roma, e como tal continuou a desenvolver sua vida eclesial dentro
da Tradição Grega/Árabe . Quando a comunhão foi restaurada no século 18, fez-se
um grande esforço para garantir que as suas estruturas teológicas e espirituais
bizantinas manteve-se relativamente livre de influências latinas. Graças aos
esforços dos Patriarcas e Papas Bento XIV, Leão XII, Pio XII, João XXIII, Paulo
VI, João Paulo II, e Bento XVI, a Igreja Melquita tem sido uma voz sincera da
Ortodoxia Oriental dentro da Comunhão Católica. Em 1995, através do trabalho
incansável do Arcebispo Elias Zoghby, uma profIssão de dois pontos da Fé foi
apresentado ao Sínodo Melquita dos Bispos. Conhecida como a “iniciativa
Zoghby”, afirma o seguinte:
“Eu acredito em tudo em que a Ortodoxia Oriental ensina.
Eu estou em comunhão com o Bispo de
Roma, nos limites reconhecidos como
Primus inter pares entre os Bispos pelos Santos Padres do Oriente durante o
primeiro milênio, antes da separação.”
A iniciativa foi posta à votação,e todos, mas
dois bispos apoiaram a sua aplicação e desde suas assinaturas. Além disso, a
iniciativa foi apoiada pelo Patriarca Melquita Máximo V e o Patriarca Ortodoxo
Antioquino Inácio IV. Embora ainda haja muito a ser feito para restabelecer a
intercomunhão plena coma Igreja Ortodoxa Antioquia, a aceitação desta
iniciativa demonstra o grau em que a Igreja Melquita pretender permanecer fiel
à sua herança Ortodoxa. Este é o maior presente para a Igreja Católica de um
tesouro incalculável, e um que Roma tem nos últimos tempos tomado muito cuidado
para assegurar que seja protegido e faça a florescer. Os Patriarcas Melquitas,
que se esforçam para ser verdadeiramente “Ortodoxos em comunhão com Roma,” a
esperança de um dia re-estabelecer a participação sacramental com a Igreja
Ortodoxa Antioquiana, criando assim uma ponte para ajudar a restaurar a plena
união entre o Oriente e o Ocidente. Ut unim sint.
Fonte: St. Peter's list
Olá! Vc conhece ou tem algum materia que possa me enviar sobre o casamento no rito Melquita? Caso tenha me envie por email:ceferrish@hotmail.com
ResponderExcluirOlá, Carlos! Não há casamento no Rito Melquita, já que não existe rito melquita. Há a Igreja Melquita que utiliza o Rito Bizantino.
ExcluirA celebração do casamento no Rito Bizantino é igual em todas as Igrejas Orientais, quer sejam Unidas a Roma ou separadas.
Sou Católico Romano. Com graça de Deus o Ocidente e o Oriente irão se juntar novamente!
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